Dráuzio Varella - Estação Carandiru


Título: Estação Carandiru L025
Autor: Dráuzio Varella
Editora: Companhia das Letras

Ano: 2001
Edição: 1
Número de páginas: 297


Com mais de 7200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo é o maior presídio do país. Está situada no bairro do Carandiru, a dez minutos da praça da Sé, marco zero da cidade. Construída na década de 20, é um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles há corredores que chegam a cem metros de comprimento. Os presos passam o dia soltos e são trancados à noite. Só o pavilhão Cinco abriga 1700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60. Em 1989, o médico Dráuzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades. Na cidadela do Carandiru, Dráuzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode equivaler à morte. Estação Carandiru fala dessas pessoas, das formas que encontram de viver.
Um relato verídico
Com mais de 7.200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo é o maior presídio do país. Está situado no bairro do Carandiru, a 10 minutos da Praça da Sé, marco zero da cidade. Construída na década de 20, é um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles há corredores que chegam a 100 metros de comprimento. As celas têm portas maciças. Os presos passam o dia soltos e são trancados à noite. Só o Pavilhão 5 abriga 1 700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60. Em 1989, o médico cancerologista Dráuzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à Aids. Seu relato no livro “Estação Carandiru” tem as tonalidades da experiência pessoal: resulta dos relacionamentos que a profissão de médico permitiu manter com presos e funcionários; não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades. Desse modo, ele conseguiu escrever crônicas sobre a vida e sobre a morte. Dentro do Carandiru, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode significar a morte.

Nenhum comentário:

 
(...) Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreve, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espirito cresce e a pessoa se fortalece.

(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)