Nancy Huston - Marcas de Nascença


Título: Marcas de Nascença L709
Autor: Nancy Huston
Editora: L&PM
Ano: 2007
Edição:1
Número de páginas: 272


Best-seller na França, vencedor do Prêmio Femina e finalista do Prêmio Goncourt
“Um adulto nada mais é do que uma criança que sofreu.” Essa é a principal idéia por trás de Marcas de Nascença, o 11º romance de Nancy Huston, autora canadense radicada na França. Partindo de uma idéia singela e genial, a escritora conta a história de uma família marcada pelo desenraizamento, pelo dilaceramento da guerra e pela busca de identidade. E o faz de uma maneira originalíssima: por meio do olhar infantil, inocente e perspicaz de quatro crianças, numa narrativa que viaja por vários pontos do planeta, começando na Califórnia do ano de 2004 e terminando na Alemanha que, entre 1944 e 1945, está em vias de perder a guerra. Do garoto californiano no início do século XXI à menina alemã dos anos 1940, pouco há em comum além de uma marca de nascença hereditária. Mas, à medida que a narração avança, fica claro que há muito mais a unir os membros de uma família além dos laços meramente sangüíneos...Marcas de Nascença é uma obra polifônica não apenas por ter quatro narradores, mas pela multidão de assuntos abordados: a educação infantil, o fascínio da violência, o exílio, a força e os limites da memória, os legados familiares, a incomunicabilidade das experiências traumáticas, as conseqüências do silêncio e da vergonha. Nancy Huston, com seus personagens cativantes e profundamente humanos, seu olhar agudo de observadora, sua noção penetrante do detalhe, sua sabedoria e seu conhecimento do mundo, faz a crônica dessa família de origem judaica parecer uma sinfonia de dor e de compreensão sobre toda a humanidade. Entre passado e presente, Velho e Novo Mundo, no entrecruzamento da História com as histórias individuais, a autora demonstra um domínio narrativo como poucos nomes da literatura universal. Um livro atualíssimo, comovente, bem- humorado, perturbador, depois do qual o leitor não será mais o mesmo. Contra a barbárie eleva-se este desconcertante e reparador romance no qual, com amor e fúria, Nancy Huston faz uma ode à memória, à lealdade, à resistência e ao entendimento entre os homens.

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(...) Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreve, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espirito cresce e a pessoa se fortalece.

(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)