Will Self



Título: Como Vivem os Mortos L925
Autor: Will Self
Editora: Objetiva
Ano: 2005
Edição: 1
Número de páginas: 368


Considerado pela crítica um dos mais talentosos escritores britânicos da atualidade, Will Self apresenta neste romance uma galeria de personagens vivos e mortos, como a protagonista Lily Bloom ? uma velha rabugenta, racista, politicamente incorreta e hilariante, que depois de sucumbir ao câncer começa a desfilar suas lembranças sem poupar nada nem ninguém. Indicado ao prestigioso prêmio literário britânico Whitbread em 2002, Como Vivem os Mortos expõe, com sarcasmo e inteligência, toda a futilidade do mundo moderno. Lily Bloom, 65 anos, judia americana radicada em Londres, não foi uma mulher agradável em vida ? não haveria por que sê-lo na morte. Depois de perder a batalha contra o câncer, essa senhora não tão velha, e sem dúvida ainda muito sagaz, é levada por um taxista cipriota e por seu novo guia para o mundo dos mortos: o subúrbio. Em meio a um programa de 12 passos destinado a lhe ensinar a estar morta, a refeições ingurgitadas e regurgitadas por convivas mortos em volta de uma mesa de restaurante, Lily relembra a própria vida. E não há nada de nostálgico nessas lembranças. Do mundo dos mortos ela pode observar as duas filhas: Charlotte, certinha e contida, em quem não consegue ver outra coisa senão o rosto estúpido do ex-marido, e Natasha, sua preferida, uma viciada linda e louca que gravita pelo submundo de Londres. Mas o tempo dos mortos se estica, interminável, e a entediada Lily o preenche também com lembranças ácidas de sua vida dos dois lados do Atlântico ao longo de boa parte do século XX, com todos os seus vícios e absurdos. A metralhadora giratória implacável de Lily, em estilo já familiar aos leitores de Will Self, constitui uma experiência literária de originalidade e humor negro raramente alcançados. Em Lily Bloom, o escritor britânico criou um dos personagens mais inventivos da ficção contemporânea. Na época de sua publicação original, alguns críticos viram em Lily o reflexo da mãe do autor, e na bela junkie Natasha sua própria imagem travestida de mulher. Mas mesmo essa leitura autobiográfica é incapaz de anular a singuralidade da criação literária de Self. Nascido em Londres e formado pela Universidade de Oxford, Will Self colabora regularmente com vários jornais, revistas e programas de rádio e televisão da Inglaterra. É autor de três coletâneas de contos, duas novelas e quatro romances.

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(...) Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreve, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espirito cresce e a pessoa se fortalece.

(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)