Noah Gordon

Título: O Último Judeu - Uma História Terror na Inquisição L110
Autor:
Noah Gordon
Editora: Rocco
Ano: 2000
Edição: 1
Número de páginas: 378
O último judeu tem como pano de fundo os horrores da Inquisição, Noah Gordon conta a história de Yonah Helkias Toledano, o último judeu da Espanha no final do século XV. O édito real expulsando seu povo da região é o ponto de partida para o caminho errante desse menino de apenas treze anos, que ficou sozinho, após presenciar o assassinato de sua família e a fuga de sua gente, única opção de sobrevivência ao negar a conversão, imposta pelo decreto. Determinado a manter as tradições de família, Yonah Toledano inicia sua verdadeira epopéia pelas inóspitas regiões da Espanha daquela época, apenas com a fé em Deus e, no início, acompanhado de um burro esperto, chamado secretamente de Moisés. Com a vida sempre por um fio, o último judeu muda de nome, trabalha na terra como peão, num calabouço como servente, será médico, cirurgião e tradutor, entre outras funções. Adquire experiência e consegue manter-se vivo e não-convertido, sonhando em ver seus filhos terem idade suficiente para transmitir-lhes as crenças que preservara dentro de si, levá-los aos lugares secretos, acender velas do shabat e entoar preces. A narrativa é uma envolvente aventura, principalmente porque Gordon a recheia de descrições detalhadas dos perigos que rondam Yonah. Entre eles, os aparelhos de tortura usados para arrancar confissões nos julgamentos da Inquisição, como o porro, um cavalete que deslocava as articulações, e a toca, que bloqueava as narinas e a garganta com um pano ensopado de água. Os autos-de-fé, quando os condenados eram queimados, entre eles muitos cadáveres exumados, são vistos aqui como grandes espetáculos. "A lenha ao redor do quemadero ardia roncando forte. Isaac, o açougueiro, estava lá dentro, assando como galinha num fogão. A única diferença, Yonah ponderou timidamente, é que uma ave não era torrada viva." Apesar de tanto preconceito e violência, a solidariedade e a verdadeira fé surgem aqui e ali, nas andanças do aventureiro entre as regiões que Noah Gordon fez questão de conhecer antes de escrever o livro. Baseado em detalhada pesquisa histórica, o escritor explica o comércio de relíquias religiosas e a disputa que ele gerava entre as ordens católicas. Mostra também como os cristãos-novos, judeus que se convertiam ao catolicismo, eram discriminados, tanto pelos judeus, que os condenavam por renegarem a própria religião, quanto pelos cristãos, que os viam com desconfiança.

Título: Xamã - A História de um Médico no Século XIX L115
Autor: Gordon, Noah
Editora: Rocco
Ano: 2000
Edição: 9
Número de páginas: 484
Mais uma vez, Noah Gordon incursiona pelo difícil campo da história da medicina. Estamos no século XIX, nos EUA, em pleno novo continente atravessado por lutas causadas pela mistura de raças. É tempo de perseguições sociais, destruição de populações indígenas e escravidão. É nesse cenário que desembarca o jovem escocês Cole, herdeiro de uma tradição que remonta à Idade Média, e que o faz perceber a iminência da morte. É aí, também, que ele entra em contato direto com os índios Sauks e Mesquakies, ao se instalar na fronteira do Illinois. Auxiliado pela mulher, chamada Makwa-ikwa, ele aprende técnicas milenares, que associa a seu conhecimento ocidental. Apaixonado pela ex-amante de um bandido, ele adota o filho dela e se torna pai de Xamã, o menino surdo. É através de Xamã que o leitor conhecerá as agruras da superação da deficiência, impulsionada por uma força de caráter inabalável, assim como o ensino das universidades de medicina então existentes e os primeiros hospitais. Contra um pano de fundo monumental, em que se destacam os horrores da Guerra da Secessão, desenrola-se a vida aparentemente simples de dois homens cativantes, cuja energia vital nasce da vocação para amar e curar seus semelhantes, sem preconceitos.

Título: O Comitê da Morte L144
Autor: Gordon, Noah
Editora: Rocco
Ano: 1997
Edição: 3
Número de páginas: 336
A paixão pelas questões da medicina e pelo cotidiano de médicos idealistas está de volta em O comitê da morte. Noah Gordon aborda desta vez uma temática contemporânea, envolvendo as vitórias e os fracassos de três jovens cirurgiões de transplantes de órgãos em um hospital de Boston. O ´comitê da morte´ é uma formalidade disciplinar, uma espécie de tribunal interno, que funciona em alguns hospitais americanos. Diante do falecimento de um paciente, o médico deve justificar o seu diagnóstico e o seu tratamento. O veredicto do comitê passa então a influir no futuro da carreira dele. Nesta história, porém, o presidente do tal comitê é Harland Long Wood, um inquisidor autoritário, mergulhado em frustrações e psicopatias, que persegue sem trégua três jovens e dedicados médicos. Antes de se tornar um romancista mundialmente conhecido, Noah Gordon editava publicações médicas e chegou a trabalhar como voluntário em hospitais. A mesma ternura encontrada em seus livros anteriores - na luta épica de O físico e na abordagem dos negros, índios e judeus de Xamã - transfere-se agora para a transformação dos três jovens médicos em cientistas maduros. E através de um percurso envolvente de êxitos e derrotas, misturado às crises de poder e de caráter, ficamos conhecendo o dia a dia de um grande hospital.

Título: O Físico - A Epopéia de um Médico Medieval L194
Autor: Gordon, Noah
Editora: Rocco
Ano: 2000
Edição: 16
Número de páginas: 592
O drama turbulento e, por vezes, divertido, de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, é aqui contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica.
A história começa quando Rob Cole, órfão, aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra, toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia, onde um famoso físico leciona. Decidido a ir a seu encontro, descobre que o único problema estava no fato de que cristãos não tinham acesso às universidades muçulmanas durante as Cruzadas. A solução era Rob assumir a identidade de um judeu, ao mesmo tempo em que se envolvia com uma avalanche de fatos verdadeiramente impressionantes. ´Mais que uma recriação histórica magistral, aqui está também a história fantástica de uma vocação para a medicina. O romance de Noah Gordon recria o século XI de maneira tão eloqüente que o leitor é levado em suas centenas de páginas por uma onda gigantesca de autenticidade e imaginação´, como se referiu o Publishers Weekly a O Físico, de Noah Gordon, autor festejado como um dos maiores nomes do mundo literário norte-americano e presente em todas as listas dos livros mais vendidos. Para a escritora Belva Plain, O Físico, ´é a história da aventura de um desses raros homens que nasceram para serem médicos´.

Título: O Rabino L197
Autor: Gordon, Noah
Editora: Rocco
Número de páginas: 397
Num universo rigidamente religioso, em que judeus só se casam entre si, um jovem rabino e a filha de um pastor protestante se apaixonam. Dilacerado entre a obediência aos preceitos e o amor de uma mulher atraente, Michael Kind escolhe o recolhimento da sinagoga e busca forças para enfrentar um mundo ortodoxo, cujas exigências não cessam, nem quando Leslie se converte ao judaísmo. O rabino conta a saga de um homem corajoso, que não esconde suas idéias reformistas mesmo diante de uma platéia conservadora. Retrato pungente traçado pelo romancista Noah Gordon com a delicadeza que lhe é peculiar, destacam-se na narrativa os relatos de um cotidiano rico em tradições. A história remonta à perseguição sofrida pelos bisavós de Michael na Bessarábia, no início do século, e à chegada na América, sempre intercalada com questões banais vividas no seio de uma família judia: a admiração do menino Michael pelo avô ortodoxo, o adolescente descobrindo o sexo, a escolha de uma profissão. O rabino, no entanto, não se restringe à saga da família Kind. Personagens curiosos são apresentados em histórias paralelas, como o conservador Max Gross que, contraditoriamente, torna-se o guia espiritual do jovem rabino reformista. E Gordon preocupa-se em localizar sua trama num mundo em que estão presentes os conflitos bélicos na Palestina e cresce o espaço ocupado pelas seitas pentecostais. O resultado é um romance surpreendente, onde o autor, de maneira brilhante, passeia pelas complexas questões da fé e da vida.

Título: O Diamante de Jerusalém L231
Autor:
Gordon, Noah
Editora: Rocco
Ano: 1995
Edição: 1
Número de páginas: 300
O judeu Harry Hopeman tem um conhecimento profundo sobre pedras preciosas, uma herança atávica. Desde os tempos bíblicos, passando pela Inquisição, à perseguição nazista e atentados árabes, seus ancestrais trabalham com diamantes. Nem sempre foram tão prósperos como os judeus foragidos que perambulavam pelas ruas de Nova York, vendendo diamantes enrolados em lencinhos de pano, mas que, com a perseverança característica desta cultura antiga, construíram fortunas incalculáveis como as dos Hopeman & Sons. O milionário Harry Hopeman aparentemente não tem a menor atração pela intriga internacional. Mas seus preciosos conhecimentos, um know how único no mundo, são disputados por representantes clandestinos da OPEP, pela Igreja Católica, e por judeus militantes da causa de Israel ligados à sua família. Só ele poderá avaliar se um fabuloso diamante posto à venda no Oriente Médio é uma antiga pedra doada à Igreja Católica à época da Inquisição, parte de um tesouro sagrado dos antigos hebreus e desaparecido muitos anos antes de Cristo. Harry Hopeman tenta em vão recusar as propostas para fornecer um laudo sobre tal preciosidade. Um trabalho acompanhado por espiões de todas as organizações. Mas ele não resiste a resgatar o caminho de seus antepassados em busca de sua própria identidade, de sua própria cultura. O escritor Noah Gordon, constrói aqui, com o mesmo talento de historiador minucioso e surpreendente ficcionista, um romance de espionagem. Ao mesmo tempo, ele desvenda os enigmas do judaísmo - uma cultura comovente, dolorosa, fechada em si mesma, mas preciosa como um raro diamante.

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(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)