
Número de páginas: 400
Com riqueza de detalhes e magistral ambientação histórica, A mulher de Pilatos transporta o leitor para o centro do conturbado Império Romano. Recorrendo à sua experiência como biógrafa para reconstituir a vida de Cláudia Prócula, Antoinette May cria uma emocionante história em que ficção e realidade se misturam com perfeição. Acompanhando a trajetória de Cláudia, o livro apresenta o surpreendente ponto de vista feminino de uma sociedade particularmente machista, além de acompanhar os romances, os conflitos, as angústias e as transgressões das mulheres na época de Cristo.
Nascida com o dom da premonição, Cláudia era atormentada por visões de guerra e morte desde a infância. Apesar de não poder interferir no curso da história, ela faz de tudo para evitar um dos mais trágicos acontecimentos de todos os tempos: a crucificação de Jesus. Ao saber da paixão de sua amiga Miriam de Magdala por um religioso radical chamado Jesus de Nazaré, Cláudia prevê um futuro terrível. Quando Jesus é preso, ela suplica ao marido Pôncio Pilatos que o inocente. Mas, cedendo à vontade do povo, Pilatos lava as mãos e o condena. Mesmo casada, Cláudia se apaixona perdidamente pelo gladiador Holtan, mas continua lutando ao lado do marido para manter a ordem na sociedade romana, tomada pelo caos político e social. Repleto de romance, religião, aventura e suspense, este livro apresenta a possível vida dessa misteriosa mulher que, apesar de aparecer uma única vez na Bíblia, está profundamente ligada à história do cristianismo.
A Mulher de Pilatos é uma obra que vale a leitura.
Não porque tenha uma nova teoria, ou apresente documentos históricos contundentes sobre esse ou aquele fato, mas, simplesmente, porque, ao contrário, não pretende possuir respostas, e sim apresentar possibilidades.
A história remonta a Roma antiga, já em decadência, prestes a ser governada pelo Calígula acima, marcada pelo jogo de poder, intrigas e traições. Narra a vida nas áreas conquistadas pelos romanos, o dia-a-dia das pessoas de uma época efervescente, cheia de misticismo, e contrastes, e deixa entrever as mudanças trazidas pela moral cristã.
A autora traz à vida uma mulher, como outra qualquer, que presenciou inúmeras mudanças em seu mundo, teve sua família massacrada, casou com um homem, o amou, odiou, traiu, foi traída, e por fim perdoou! Uma mulher cuja vidência levou a infinitos sofrimentos, pois não conseguia mudar o que o destino traçara, e que, levada por essa vidência, tentou salvar um homem, que iria marcar profundamente a humanidade.
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