Herminio C. Miranda

Título: A Noviça e o Faraó – A Extraordinária História de Omm Sety L849
Autor: Hermínio C. Miranda
Editora: LACHATRE
EDIÇAO – 2007
Numero de páginas: 348
Bentreshit era uma bela e jovem sacerdotisa do Templo de Osíris, em Abidos; Seti I, um faraó empreendedor e guerreiro, dos mais bem sucedidos do antigo Egito. O amor entre eles, no entanto, era completamente proibido pelas leis do Templo. A dolorosa punição foi uma separação forçada que durou 3.000 anos. O reencontro se deu na Inglaterra, em pleno século XX. Esta pode parecer apenas uma linda história de amor – e realmente o é. Muito além disso, é a mais espetacular prova da reencarnação de que se tem notícia, narrada pela pena genial de Herminio Miranda.
"A noviça e o faraó – a extraordinária história de Omm Sety" é o relato de duas histórias paralelas muito elucidativas para se compreender como o atual paradigma materialista que se instalou na ciência é insuficiente para descrever o universo em que vivemos. O primeiro relato é a história realmente fantástica de uma menina cujas influências de uma antiga encarnação no Egito transformaram-na numa das maiores autoridades da arqueologia contemporânea. Dorothy Eady, a personagem em questão, era dotada de um senso de objetividade e simplicidade aliado a um profundo conhecimento das questões do antigo Egito que lhe garantiam as qualidades de meticulosa pesquisadora.
O segundo, que pode passar despercebido pelo leitor empolgado com a história de Omm Sety (pseudônimo adotado por Dorothy Eady), é o das agruras de um jornalista norte-americano (Jonathan Cott) que se propõe não apenas a biografar a enigmática vida da arqueóloga inglesa, mas empreende imensa e vã tentativa de enquadrá-la dentro do padrão científico atual. Este é o material de que Herminio Miranda se utiliza para escrever mais uma de suas geniais obras. Arguto, aproveita a estupefação de Cott – a visitar psiquiatras, psicólogos, parapsicólos e até místicos, em suas ingênuas tentativas de entender sua biografada – para questionar o atual modelo dogmático e materialista que tomou conta dos meios acadêmicos. Esta, como sabemos, é a ‘praia’ de Herminio Miranda, que coleciona textos primorosos sobre o assunto. Com uma dialética brilhante, impecável lógica e de posse de fatos contundentes, o renomado escriba desconstrói a estrutura acadêmica dos dias atuais, suntuoso edifício cujas bases foram construídas sobre a areia.
Herminio, da autoridade de seus 87 anos, como pesquisador atento e escritor competente, lembra aquele vinho de excelente qualidade.

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(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)