Gao Xingjian


Título: A Montanha da Alma L701
Autor: Gao Xingjian
Editora: Objetiva
Ano: 2001
Edição:1
Número de páginas: 436

Uma viagem pela China, suas paisagens, cultura e seu povo através da delicada prosa do Prêmio Nobel Gao Xingjian
"A montanha da alma é a obra fascinante de um pintor, de um poeta, de um filósofo. Como num mágico caleidoscópio, Xingjian desvenda uma China eterna, às vezes cruel, outras fascinante, dividida por destruições e renascimentos."— Diane de Margerie, Le Figaro
Quando, em outubro de 2000, a Academia Sueca anunciou o nome de Gao Xingjian como vencedor do prêmio Nobel de Literatura, muitos se perguntaram: quem é ele? Na galeria dos laureados com o Nobel, Gao, um chinês radicado na França, realmente é uma exceção. Discreto, concede poucas entrevistas, e seus romances são publicados por uma pequena editora francesa. Sua obra, no entanto, é arrebatadora. A MONTANHA DA ALMA, a primeira a sair no Brasil, é considerada a mais importante da carreira do autor: poética, sem deixar de ser política. Moderna, mas adornada com lirismo. Delicada, sem, no entanto, deixar escapar nenhum detalhe do contundente e singular retrato que traça da China.
A MONTANHA DA ALMA é resultado de uma longa viagem que o escritor empreendeu pela China de hoje, travando contato com as diversas paisagens, culturas e etnias que compõem o maior país do mundo.
Narrador hábil, Gao Xingjian combina recursos da moderna ficção com o lirismo de sua prosa. Dominando com mestria as técnicas narrativas, constrói um sedutor jogo literário. Os capítulos de A MONTANHA DA ALMA são ordenados segundo a visão diferenciada de dois narradores. Um assume ares de narrador onisciente, dirigindo-se de forma anunciatória a um "você"; o outro, em primeira pessoa, descreve suas próprias experiências. Nesse diálogo que se faz num hiato do texto, o romance adquire rara originalidade.
Para Xingjian, o cuidado com a elaboração formal não significa descuidar-se do prazer da leitura. Sua narrativa flui com deliciosa musicalidade, pintando, diante dos olhos hipnotizados do leitor, uma China ora fascinante e mágica em suas tradições milenares, ora destruída e decadente.
Gao Xingjian faz parte do grupo de escritores que passou pela "reeducação" imposta pela Revolução Cultural de Mao-Tse-Tung, em 1968. Dez anos depois, porém, a tímida abertura política proporcionou a Gao e a seus contemporâneos o acesso aos grandes nomes da literatura universal, como Joyce, Kafka e Sartre. O contato com a ousadia desses textos e a descoberta de novas formas de narrar constituíram experiências únicas para Xingjian.
O autor nasceu em 1940, na região do Jiang-xi. Formou-se em Língua Francesa no Instituto de Letras Estrangeiras de Pequim. Romancista, dramaturgo, cenógrafo, crítico literário e pintor, vive como refugiado político em Paris, desde 1988. A edição brasileira de A MONTANHA DA ALMA traz um bico de pena assinado por Xingjian e adaptado para a capa do livro pela designer Silvana Mattievich.
"Um grande romance. A literatura chinesa dos anos 90, antes aparentemente necrosada, passa a contar com a força criadora e genial de Gao Xingjian." -- Alain Peyraube, Le Monde
"O intrépido Gao Xingjian acaba de escrever o mais surpreendente romance da atualidade: um guia celeste cujas páginas se dispersam aos ventos marítimos como se fossem líricas pipas coloridas. Seu livro é um encantamento." -- André Clavel, L’Express

Nenhum comentário:

 
(...) Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreve, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espirito cresce e a pessoa se fortalece.

(A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón)